O cerrado em mim
Choro lágrimas secascomo a roxa terra do serrado
como seu chão de securas cortado
na imensa aridez do dia
Tenho uma alma que chora calada
como a terra seca encharcada
como árvores retorcidas ao céu
pedem clemência crescendoéu
E ao reverso de toda probabilidade
floresce o ipê sem humidade
brotam flores do solo ressequido
a vida abunda sem razoabilidade
Sigo na persistência de viver
aprendendo com os vegetais sobreviver
sou aguerrida como as cascas do serrado
a vida é desafio a ser enfrentado
Um comentário:
Lindooooooo!! Sabe, às vezes encontramos poemas que acabam caindo como uma luva p/gente, e esse foi um deles. Vai me ajudar muito nesse momento da minha vida!!
Bjocas!!!
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