...
Thamar
24abr006
Não ouvi o apito do trem!
No varal, as tranças brancas voam maculadas de sangue
O chão encharcado com o grito contido
rasga a lágrima calada
Há um nada, um vazio repleto de imagens
Uma canção, uma valsa não dançada
Paris e as palavras silenciadas
no estrondo do metal...
As águas da barragem refletem o céu estrelado
Na profundeza das águas o silêncio do nada
o turbilhão confuso dos reflexos difusos, desencontrados
Tudo gira rapidamente
as tranças voam no varal,
o vento açoita o final da tarde
o ocaso rasga o céu , mas o vermelho não é de paixão
Um ponto e tudo acaba...
Nada!
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