23 de jan. de 2010
Contra o Tempo - Vander Lee
Prá te ver
Eu vivo louco
Por querer você
Oh! Oh! Oh! Oh!
Morro de saudade
A culpa é sua...
Bares, ruas, estradas
Desertos, luas
Que atravesso
Em noites nuas
Oh! Oh! Oh! Oh!
Só me levam
Prá onde está você...
O vento que sopra
Meu rosto cega
Só o seu calor me leva
Oh! Oh! Oh! Oh!
Numa estrêla
Prá lembrança sua...
O que sou?
Onde vou?
Tudo em vão!
Tempo de silêncio
E solidão...(2x)
O mundo gira sempre
Em seu sentido
Tem a cor
Do seu vestido azul
Oh! Oh! Oh! Oh!
Todo atalho finda
Em seu sorriso nú...
Na madrugada
Uma balada soul
Um som assim
Meio que rock in roll
Oh! Oh! Oh! Oh!
Só me serve
Prá lembrar você...
Qualquer canção
Que eu faça
Tem sua cara
Rima rica, jóia rara
Oh! Oh! Oh! Oh!
Tempestade louca
No Saara....
O que sou?
Onde vou?
Tudo em vão!
Tempo de silêncio
E solidão...(2x)
2 de out. de 2009
A paz do seu sorriso
6 de set. de 2009
Insopitável
Quero suas mãos a medir a dimensão das minhas profundezas, os seus dedos a queimar-me a pele e a sua boca – ah..., a sua boca tem um beijo indefinível – a arrebatar-me a consciência lançando-me numa espiral de puro prazer...
3 de ago. de 2009
Despedida - um texto novo, ou quase novo
Olho a volta procurando o meu melhor amigo, mas ele não está aqui. Habitando seu corpo há um ser estranho, mesquinho, amargo e cruel. Alguém superior a todos os humanos: não perdoa porque não erra, nunca errou é perfeito. Não aceita ser ferido porque jamais feriu, é a perfeição em forma de gente... Olha-me com profundo desprezo. Sou menos que nada, um verme, alguém insignificante.
Minha mão se estende tentando traze-lo a razão. Quem sabe o meu toque lhe acorde e lembre que sou eu, que fomos amigos, dividimos um importante capítulo de nossas vidas? Seu braço recua rápido e seu rosto se contorce com nojo: por favor, não toque em mim!
Em lágrimas não consigo entender o que aconteceu. Como você pode me odiar tanto assim? Eu feri você? Certamente que sim, mas você também me feriu muito, tanto quanto, talvez mais, mas eu estou aqui, lutando para salvar um fiapo de história, uma fatia de amizade, um pedaço pequeno que nos possa acalentar quando a saudade do que fomos, ou pior do que poderíamos ter sido, venha nos assombrar.
Minhas mãos estendidas e meus olhos marejados recebem pedras em troca das flores que levo. Sirvo-me de uma taça de fel ao tentar olhar dentro desses olhos que um dia me prometeram suavidade.
Tão incapaz de notar a sinceridade das minhas lágrimas agora, quanto foi incapaz de notar a solidão e a clausura em que me encerrou no passado, você me apedreja com uma alegre sordidez: Que maravilha! Quanto mais ela chorará por mim?
Não chorarei mais, não implorarei mais. Cansei de mim, cansei de correr atrás de alguém que não me quer, nunca me quis. Cansei dos seus fantasmas, dos seus delírios, das suas absurdas fantasias, pior de tudo: cansei das suas falsas acusações, do seu ódio as mulheres destilado sobre mim!
Fico aqui com minha saudade e as lembranças do que nunca será. Com todos os planos que você não nos deixou realizar. Fico com minha amizade guardada, a sete chaves, para quem for capaz de a encontrar...
Fique você com seu ódio, que eu cansei de chorar!
26 de jul. de 2009
São Paulo
O dia escorrega lentamente pela barra de um horizonte que não se avista. O campanário da Sé toca o ângelus, o órgão de tubo encena a Ave Maria enquanto devotos, ajoelhados, repetem o terço.
Os postes se acendem lentamente, olhos que se abrem após um longo sono, derramando sua luz amarelada sobre as palmeiras imperiais e da escadaria se tem a certeza de estar num portal de magia...
Não posso me demorar mais e desço, suavemente, os muitos degraus enquanto volto ao mundo real. Do lado esquerdo o açougue oferece alcatra a R$ 8,99 e o rapaz da paçoca apregoa dez unidades a um real.
Caminho para a parada de ônibus. Aqui as pessoas amontoam-se de pé, num esforço engraçado para ver os letreiros. Na cidade da fila, os ônibus não esperam a sua vez ou seriam as pessoas aflitas demais para aguardar? Não sei.
O prédio da “Estadual” se ergue imponente, mas deveria estar do outro lado da rua e não aqui onde o mundo é real e palpável.
A Paulista se abre aos meus olhos com seus contrates entre o absolutamente novo e o completamente clássico: a FIESP e a Casa das Rosas; industria e poesia, atual e antigo.
São Paulo me recebe no Paraíso das suas construções díspares, na beleza de sua cosmocidade: o templo budista e o hotel Unique com sua forma de navio ancorado
Eu, provinciana da Capital Federal, sou um vírus na corrente sanguínea da Cidade que nunca dorme. São Paulo me abraça e me recebe nos seus jardins das diversas praças existentes. Jardins diferentes dos que conheço, mas igualmente belos.
Tantos anos se passaram desde que pisei pela primeira vez na terra santa dos Barões do Café e meus olhos de menina ainda são os mesmos: plenos de uma admiração que sempre se renova!
4 de jul. de 2009
Alice no Pais das Maravilhas
Alice no País das Maravilhas
Thamar
A fruta tocou a língua, e o sabor da infância disparou imagens, saudades, aromas... Manga rosa, manga doce, manga dos tempos distantes, das tardes amenas com sabor de amor, amor de rosa-mãe.
Manga chupada no pé, com casca e tudo. Manga descascada, cortada em fatias douradas, dançando no prato sobre a janela da fazenda e minha avó com seu sorriso de paz, seus cabelos brancos, seu vestido preto e o imenso amor, amor-manga, embalando o tempo.
“Quem é você?” A pergunta feita pela lagarta a Alice ressoa no tempo e volta no vento cheia dos odores daquelas tardes perfumadas pelo cheiro do campo, onde alfenins dourados chegavam na ponta dos dedos das fadas.
Alice no país das maravilhas, protegida pelo amor das Fadas, Elfos e povo pequeno, digeriu as transformações sofridas e encontros inusitados com a perda e a vida real, os círculos sociais próximos, nunca tão próximos que fossem compreensíveis, a escola, as atividades cotidianas. Suas respostas sempre erradas, sucessivamente perfumadas pelas mangas-rosa suculentas, oliveiras e pitangas, lírios do campo e rodas ao luar.
O mês de maio e os terços sob a lua prata, os terreiros de areia branca e o atabaque soando ao fundo, muito longe, na terra de homens negros, turbantes brilhantes, do outro lado do mundo, um mundo distante chamado áfrica.
O livro de orações e os retratos 3X4 guardados dentro, pedindo especial proteção. A lua entrando pela telha de vidro, o rádio pequeno, azul, de pilha, tocando até o sono chegar. Casa de farinha de brinquedo, travesseiros rodando nos pino da cama e a fada voando de flor em flor, cantando um acalanto, palavras de amor.
Alice não mais no país das maravilhas, Alice no mundo real e a fada, assim como a Avalon de Morgana, sumindo entre a neblina. Seus passos a cada dia mais lentos, confundindo-se na névoa do tempo.
Minha fada pequenina, hoje minha menina, há tempos atrás minha heroína.
Minha fada se dissolvendo nas brumas e eu a cada dia menos eu e mais Alice no país dos espelhos não tenho sua ajuda para correr da Rainha que grita: cortem-lhe a cabeça, cortem-lhe a cabeça...
31 de mai. de 2008
Same Mistake
James Blunt
Composição: Blunt
So while I’m turning in my sheets
And once again, I cannot sleep
Walk out the door and up the street
Look at the stars beneath my feet
Remember rights that I did wrong
So here I go
Hello, hello
There is no place I cannot go
My mind is muddy but
My heart is heavy, does it show
I lose the track that loses me
So here I go
Oh…
And so I sent some men to fight
And one came back at dead of night
said “Have you seen my enemy?”
said “he looked just like me”
So I set out to cut myself
And here I go
Oh…
I’m not calling for a second chance
I’m screaming at the top of my voice
Give me reason, but don’t give me choice
‘Cause I’ll just make the same mistake again
And maybe someday we will meet
And maybe talk and not just speak
Don’t buy the promises ’cause
There are no promises I keep
And my reflection troubles me
So here I go
Oh…
I’m not calling for a second chance
I’m screaming at the top of my voice
Give me reason, but don’t give me choice
‘Cause I’ll just make the same mistake…
I’m not calling for a second chance
I’m screaming at the top of my voice
Give me reason, but don’t give me choice
‘Cause I’ll just make the same mistake again
Oh…
So while I’m turning in my sheets
Oh…
And once again, I cannot sleep
Oh…
Walk out the door and up the street
Oh…
Look at the stars
Oh…
Look at the stars, falling down
Oh…
And I wonder where,
Oh…
did I go wrong